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ENCHENTES URBANAS, QUAL A SOLUÇÃO?

  • wsengenharia6
  • 16 de mar. de 2024
  • 7 min de leitura

O Brasil começou o ano de 2022 com muita chuva, o que causou estragos em muitos estados do país. Questões comuns são abordadas aqui, como: o que causa as enchentes? quais as soluções? O que fazer após o alagamento?


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Você sabe o que é uma enchente? Já imaginou o tamanho do estrago que fica após uma enchente em uma área urbana? Sabe quem são as pessoas mais afetadas? E de quem é a culpa?

Enchente - Ação da natureza a qual resulta em um acúmulo de água na região incidente de fortes e/ou permanentes chuvas (Autora, 2022).

O acúmulo de água resultante de uma enchente pode ser chamado de alagamento, o qual pode ser agravado em áreas urbanas, devido a impermeabilização do solo que impede a passagem da água. Essa impermeabilização acontece através da ocupação desordenada do solo, pavimentação, entre outras construções que implicam nesse processo. #chuvas #brasil #enchentes


Causas Naturais das Enchentes


Entre as causas naturais, destaca-se as cheias dos rios perenes (rios que não secam durante o ano). O rio perene possui dois leitos: um maior e um menor como representado no corte transversal abaixo.


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 Fonte: Autor Próprio


Causas Antrópicas das Enchentes


Entre as causas antrópicas é possível destacar as fortes chuvas, impermeabilização do solo, destino do lixo, drenagem ineficiente, ocupação urbana desordenada e retirada da vegetação.


Consequências das Enchentes


Entre os principais danos destacam-se as doenças transmitidas por meio do contato ou ingestão direta/indireta da água, como por exemplo: Leptospirose, Cólera, Dengue, Febre Tifoide, Hepatites A e E e Tétano. Também é possivel citar as perdas materiais e as dificuldades no trânsito.



Estudos no combate das Enchentes

Antes de mais nada faz-se necessário conhecer quais o estudos que devem ser realizados antes de optar por uma solução desse problema: hidráulicos, hidrológicos e sócio-econômicos.

DRENAGEM URBANA - SOLUÇÕES ESTRUTURAIS


Um estudo dirigido por de Sousa (2021) aponta as principais soluções como: Hidráulicas (macro drenagem), Hidrológicas (bacias de retenção e de infiltração, pavimento permeável e o aumento da mata ciliar nos rios), Ambientais (conservar a vegetação, destinação correta do lixo, aumento de áreas verdes e renovação dos rios) e Legais (Plano Diretor do Município, Código Florestal e Agenda 21).

Macrodrenagem

Apoia-se em Gomes (2021) para definir o conceito de microdrenagem: sistema de drenagem convencional formado por rede de esgotos e canais na rede primária, quee conduz as águas até um local seguro de deságue. No caso da macrodrenagem: sistema de drenagem muito importante para evitar inundações, composto por condutos enterrados ou canais abertos. O autor ainda cita a importância da utilização de alguns dispositivos para ajudar na drenagem da água, como bueiros e estações elevatórias.


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Fonte: Gomes (2021), adaptado pela autora


Mas será que os convencionais sistemas de drenagem ainda atendem satisfatoriamente o cenário da infraestrutura brasileira? Tendo em vista a infraestrutura brasileira, a falta de planejamento urbano e as trágedias econômicas e ambientais que marcam a história dessa sociedade, a resposta é não. Uma vez que, as necessidades são de mudanças ambientais, tecnologias e processos sustentáveis são desenvolvidos por diversos profissionais na área unidos por soluções ecológicas e eficazes.

A melhor forma de reconstruir esse cenário é ter como base principal as leis e os Planos Diretores que regem o uso e a ocupação do solo de cada município. O planejamento urbano e outras estrátegias voltadas para a ocupação inadequada de áreas naturais, como as margens dos rios, podem salvar o mundo. Dessa forma, faz-se necessário a avaliação do planejamento do destino das águas pluviais, para que assim haja o seu devido controle de escoamento, sem a ocrrência de enchentes.

Será que os rios dos municípios que recebem boa parte do volume dessa chuva são avaliados em sua capacidade de armazenamento? Há o monitoramento/recuperação da retirada da mata ciliar para ocupação urbana indevida? Se houvesse realmente planejamento e vistoria em relação a esta situação, muitos municípios brasileiros não ficariam embaixo d'água. As soluções para os bairros já desenvolvidos precisam ser de correção no sistema de drenagem urbana, tendo em vista, também, um planejamento preventivo para as áreas que ainda não foram ocupadas, mas que possuem possibilidades de desenvolvimento urbano.


RESERVATÓRIOS

Você deve estar se perguntando como é possível solucionar as enchentes com a construção de reservatórios não é mesmo? A impermeabilização do solo com a ocupação urbana precisa ampliar o conceito de drenagem, principalmente em momentos de pico de fortes chuvas para que haja a possibilidade de armazenamento, escoamento e aproveitamento das águas pluviais. Em razão dos desastres ambientais e econômicos já manifestados por muitos municípios, profissionais estão cada vez mais atualizados para solucionar esse problema que ameaça milhares de vidas.

Os reservatórios, como o próprio nome sugere é construído para armazenar o volume de água que não foi possível ser retido por rios, vegetações, solo e nem pelo sistema de drenagem convencional. Normalmente, as águas pluviais fariam esse trajeto e logo depois voltaria à atmosfera, completando assim o cliclo dessa água. As enchentes acontecem quando o tempo de escoamento da água é muito menor que a intensidade de chuva no local e como consequência, tem-se o chamado alagamento.

Os reservátórios são medidas estruturais que buscam evitar inundações a partir da captação e controle de águas pluviais através do sistema de drenagem, como as calhas pluviais. Jesus (2021) destaca alguns exemplos de reservatórios, sendo estes, bacias de retenção (coleta e armazenamento por um período maior), bacia de contenção (coleta e armazenamento), parques inundávéis e diques (barramentos na beira do rio). A aplicação dessas obras de drenagem urbana pode ser representada através da Imagem abaixo.


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Fonte: Jesus (2021)


Contudo, pode ser afirmado que as obra de drenagem urbanas no Brasil não têm avaliado todos os elementos que inferem no sistema de drenagem. Não basta apenas a canalização das águas pluviais de um lugar para o outro sem o devido estudo das ações sobre a jusante (fluxo de água).



DRENAGEM URBANA - SOLUÇÕES NÃO ESTRUTURAIS


As medidas não estruturais visam prevenir grandes impactos ambientais, econômicos e sociais. A questão é a necessidade de analisar as variantes que inferem nesse processo, como o climatologia da região, vazão da bacia, e outros aspectos hidrológicos. Essas medidas vão ser planejadas para atender, principalmente, a população atingida pela enchente. Segundo Jesus (2021, p.22) essas ações também objetivam a educação ambiental e a preservação das várzeas dos rios a partir do zoneamento das áreas de risco, previsão da cheia dos rios, plano de evacuação e a fiscalização do descarte do lixo e da ocupação urbana nas margens.


Ao falar em planejamento de evacuação das áreas de riscos, será mesmo que há um plano por parte dos municípios? Atende as necessidades de sobrevivência dessas pessoas?


ÁREAS DE RISCO - ABRIGOS EMERGENCIAIS

Quando há a previsão de inundações urbanas a prefeitura precisa ter em mãos o plano de evacuação das área de riscos, no entanto, essas pessoas demandam muito mais do que um simples lugar para se proteger dos danos causados pelas fortes chuvas. Além de perdas materiais, pessoas e animais também morrem, e a esperança é a única coisa que resta.

Um barraco ou uma casa, seja lá como queira chamar, mas para quem construiu tem nome de lar. Conforme o dicionário português a palavra LAR significa o habitat de uma família e como toda família tem uma história, milhares delas são levadas pela chuva. Apoia-se nesse argumento para relatar a necessidade de não só de abrigo, mas também, de apoio psicológico as vítimas afetadas pelas inundanções urbanas.

Geralmente os abrigos são instalados em centro, ginásios e escolas, sem nenhuma condição para sobrevivência, muito menos psicológica como mostra a imagem abaixo. Além disso é necessário lembrar que a tragédia deixadas pelas fortes chuvas são consequência de um desenvolvimento urbano sem planejamento.


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Fonte: Gabinete Civil (2021) <pmvc.ba.gov.br>


Para amenizar o sofrimento dessas famílias, apoia-se nas "Habitações Móveis" que segundo Rosa (2021) são estruturas portáteis instaladas de forma rápida e em locais de difícil acesso, sendo reutilizada em outro momento. Ainda nesse contexto, madeira e metal são os mais indicados para esse tipo de construção (leve) e é necesssário, também, considerar os aspectos sociais, econômicos e culturais da poupulação atendida. Basicamente as funções habitacionais dos abrigos movéis precisam ser análogo as necessidades familiaress atuais.

Além de um profissional para acompanhar psicologicamente essas famílias desabrigadas, o layout privado, técnicas de ventilação, vegetação, cores e iluminação, são aspectos significativos na readaptação da vida dessas pessoas.



GERAÇÃO DE LIXO - DESTINO

Você sabia que 65% do lixo de Salvador é transformado em energia?

A notícia publicada por Gilvan Santos em 2019 no Jornal Correio deixou os soteropolitanos de "queixo caído". Mais da metade do lixo produzido por Salvador é transformado em biogás para produzir energia para Itabuna #itabuna.

Movido pela falta de educação, a população de salvador não tem bons hábitos quando o assunto é o destino do lixo. A prefeitura municipal tem desepenhado a limpeza das ruas da cidade regularmente, no entanto, alguns bairros notificam a falta de coleta de lixo por dias.

A implantação das lixeiras de coleta seletiva nos bairros é um bom início para incentivar a população a separar o lixo, assim como, também, programas, anúncios, incentivos e outras estratégias precisam ser criadas para alcançar um bom desempenho em curto prazo.

A destinação incorreta do lixo pode causar inúmeros problemas a saúde física e mental dos moradores, bueiros entupidos, doenças, aumento de microorganismos, mau cheiro e etc.. O planejamento e a fiscalização deve alcançar todos os espaços urbanos existentes, principalmente, aqueles que formaram-se às margens dos rios, e que retiram a mata ciliar e a tranforma a natureza em esgoto (imagem abaixo).


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Fonte: Sousa (2021)




INFRAESTRUTURA VERDE - CIDADE ESPONJA


Representação do ambiente natural no construído.

Geralmente essa conceituação é definida por materiais e práticas sustentáveis, que visam a aproximação do ser humano à natureza, através de características próprias das técnicas sustentáveis, como a arborização, pavimentação permeável, telhado verde, entre outros, porém, todos com um mesmo objetivo, facilitar o escoamento das águas pluviais (cidade esponja) e reconfigurar o cenário urbano do Século XXI.


Quais os benefícios da cidade com infraestrutura verde?

Abundância em água potável, purificação do ar, temperaturas amenas, recuperação dos rios, otimização da drenagem urbana e da qualidade de vida em geral.


Quais os sistemas que configuram a infraestrutura verde?

Segundo Jesus (2021, p.23) é possível destacar alguns sistemas eficientes que caracterizam a infraestrutura verde, como as Biovaletas, Jardins de chuva, Canteiros pluviais, Corredor verde e Grades verdes, definidos abaixo conforme esse contexto.


  • Biovaletas

Valetas de vegetação com material filtrante para coletar as águas pluviais e separar o lixo.


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  • Jardins de Chuva

Sistema de drenagem natural que retém, escoa e trata as águas pluviais.


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  • Canteiros Pluviais

Considerados como pequenos jardins, não precisam necessariamente apresentarem o mecanismo de infiltração, mas deve existir a função de tratamento da água.


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  • Corredor Verde

Corredores com arborização


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