COMO EVITAR DESPERDÍCIO NA OBRA
- wsengenharia6
- 16 de mar. de 2024
- 4 min de leitura
Quantas vezes o orçamento não foi suficiente para terminar uma obra? Já parou para pensar que esse típico problema pode ser resolvido antes de iniciar os processos de construção?

Você sabia que a construção civil apresenta um alto índice de desperdicio? Segundo OLIVIERI (2004), mais de 30% está relacionado a problemas de qualidade, baixa produção e falta de padronização de serviços.
Indicadores de Desperdícios
Método que aplicamos para indentificarmos a origem e as características dos derpedícios de uma obra
Conforme Olivieri (2004) um dos principais indicadores de desperdícios é a grande quantidade de entulho (resíduos oriundos dos processos de construção), provinientes de restos de materiais como argamassa, revestimento cerâmicos, blocos/tijolos, aço e etc..
Mas qual é o valor médio do entulho de uma obra?
Em síntese, tem-se como base Olivieri (2004) para referenciar o VMT - Valor Médio do Entulho aplicado a um Sistema de Construção Convencional, estimado em torno de 10% a 20% da massa final da edificação. #entulho
No entanto, esse valor pode variar conforme o elemento de alvenaria que será utilizado e da gestão dos processos construtivos (organização no canteiro de obra). #obras #organização #gestão
Seguindo com a mesma proposição, é possível obter um valor de referência: 01m³/m² ou 100 L/m² = 10 cm de espessura média de entulho, analogamente (dois caminhões de 5m³/100m² construido). #calculo #volumeentulho
A massa específica do entulho de uma obra varia de 1,1 a 1,2t/m³, assim pode-se considerar que: 0,12t/m² = 15% da massa final da edificação.
Mas qual a possibilidade de desperdício na obra?
Mais de 50% dos serviços executados envolvem etapas que ocasionam em desperdícios.
Calma ai, isso não justifica os desperdícios que persistem na construção civil. É possível aplicar o controle de qualidade nos projetos e conseguir significantes resultados pertinente a redução de desperdícios, evidenciados por Olivieri (2004), respectivamente: rigoroso 4,44%; Bom 7,17%; e Ruim 9,95%. #controle #qualidade #projetos #gestão
A EPUSP - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo conduziu uma pesquisa voltada para os materiais que mais são desperdiçados no canteiro de obra, estes são: cimento 95%; Concreto Usinado 9%; Aço 10%; e Blocos/Tijolos 17%.
Análise de Indicadores
Pode ser implicada quando existir controles na obra que se divergem, ou seja, engenheiros que se apropriam somente da parte do processo construtivo. Em suma, a incompatibilidade da estrutura da obra em relação aos instrumentos de orçamento, planejamento e gestão de qualidade, dificulta a leitura dos indicadores de desperdicíos.
Mas como demonstrar os resultados da gestão de uma obra?
Através de valores do antes e depois da implantação do sistema de melhoria na empresa é possível realizar uma comparação entre os períodos de adaptação. Não esqueça que a apropriação dessa otimização tem de ser aplicada desde a elaoração das etapas de projeto, e não somente ao processo construtivo da edificação.
Tipos de Desperdícios
Segundo Olivieri (2004) são desperdícios referentes à projetos/especificações: Superdimensionamento (fundações, vigas, lajes, sistema de ar condicionado); Subdimensionamento (manifestações patológicas); Consumo execessivo de materiais de construção; Danos à formas e escoras; Patologias (incompatibilidade de projetos); Problemas de construção civil em geral, Falhas de projetos; e Incompatibilidade de projetos.
Quando se pensa em derpedício na construção civil o entendimento do mesmo define apenas aqueles materiais que visivelmente estão expostos no canteiro de obra.
Como apoio, também recorre-se aos tipos de desperdícios considerados por Olivieri (2004), direcionados à supervisão técnica: Entulho visível (materiais encontrados no canteiro de obra, como restos de argamassas, quebras de blocos, entre outros); Entulho invisível (enchimento de laje, juntas de alvenaria larga, processo de revestimento e printuras grossas); Horas inativas (pessoas e equipamentos parados); Danos em materiais (manuseio, transporte e adaptação no canteiro de obra); Baixa produtividade (equipamentos e ferramentas incompatíveis aos processos); Retrabalhos (serviço mal feito ou pela metade; Acidentes de trabalho (voltado para o desperdício de materiais); e Atrasos de cronograma (imprevisibilidade com materiais, serviços, mão de obra, orçamento, entre outros)
Intervinientes de um Sistema de Qualidade
Esse é um importante passo para alcançar uma excelente gestão de qualidade na construção civil.
Evidencia-se também uma precupação do autor (já citado neste artigo) em relação aos intervinientes do Sistema de Qualidade, como: o cliente (define o padrão de qualidade e paga pela manutenção); Usuário (utiliza o produto final, zela ou não à estrutura); Empreendedor (define os níveis de desepenho conforme o planejamento da obra); Agente Financeiro (viabiliza o empreendimento e libera os recursos conforme os níveis de qualidade definidos em projeto); Projetistas (realiza cáculos do projeto, memoriais, desenhos arquitetônicos, designs); Fabricantes (fornecem os insumos para a construção); Laboratórios de ensaios (avalia a qualidade de materiais e serviços); Construtor (supervisiona tecnicamente a obra); Gerenciador (aquele que planeja e cumpre conforme a organização); Normas Técnicas (definem as bases técnicas das etapas do processo e de materiais); Universidade (formam os profissionais de qualidade para atuar no mercado de trabalho); Estado (estabelece toda legislação à formação e atuação de profissionais); Associações Profissionais (regulamentam e fiscalizam o exercício da profissão); Companhias de Seguro (estabele o custo do seguro em função dos riscos oferecidos pela construção); Empresas de Operação (operam e executam a manutenção da construção); e os Orgãos de Certificações (certficam o sistema de gestão de qualidade de fabricantes e sistema de qualidade de projetistas e construtores).




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